Quinta do Crasto
Vinha Maria Teresa
Desde a sua primeira edição, em 1998, o vinho Quinta do Crasto Vinha Maria Teresa já conquistou o estatuto de um dos grandes vinhos portugueses, tendo vindo a receber os maiores reconhecimentos na imprensa nacional e internacional ao longo dos últimos anos.
Proveniente unicamente da Vinha Maria Teresa, a vinha centenária que lhe dá o nome e uma das mais antigas da Quinta do Crasto, cultivada a cotas extremamente baixas e com uma excelente exposição solar, este vinho “monovinha” é um vinho tinto Douro DOC de gama super premium que é apenas engarrafado em anos de excecional qualidade e sempre em quantidades muito limitadas.
Apesar da baixa produtividade de uma vinha velha, a equipa de Enologia da Quinta do Crasto consegue com as uvas desta vinha níveis elevadíssimos de concentração, o que permite obter um vinho de classe mundial, muito complexo e cheio de carácter, garantindo uma evolução em garrafa por muitos anos.
O vinho Quinta do Crasto Vinha Maria Teresa foi apenas produzido nos anos de 1998, 2001, 2003, 2005, 2006, 2007, 2009, 2011, 2013, 2015, 2016, 2017, 2018 e 2019, sendo que o número máximo de garrafas produzidas foi, em 2007, de 8001 garrafas. Para muitos apreciadores, o vinho Quinta do Crasto Vinha Maria Teresa é um dos grandes vinhos do Douro e um dos mais emblemáticos, e ter a oportunidade de degustar uma das suas colheitas é considerado um verdadeiro privilégio.
Ano Vinícola
A vindima 2017 fica na história da Quinta do Crasto como a vindima mais precoce de sempre. Um inverno com níveis de chuva baixos e temperaturas amenas originaram que o ciclo vegetativo da videira se iniciasse mais cedo do que o habitual. Os níveis de precipitação mantiveram-se baixos durante todo o ciclo vegetativo da videira, levando a um stress hídrico moderado e a uma conse quente adaptação natural da videira a estas condições adversas. Iniciámos a vindima no dia 08 de Agosto com as primeiras uvas brancas, decisão que se revelou muito importante pois conseguimos os níveis de frescura e acidez natural que desejámos. No dia 18 de Agosto começámos a vindimar uvas tintas provenientes da Quinta da Cabreira, no Douro Superior, onde temos a possibilidade de regar, o que veio a verificar-se fundamental para manter as videiras a trabalharem de forma equili brada, originando assim uvas em perfeitas condições de maturação. No final de Agosto as temper aturas nocturnas baixaram significativamente, o que veio ajudar a concluir da maturação da uva. A vinda das noites frias e dos dias quentes originaram uvas em perfeito equilíbrio, pelo que iniciámos a vindima das primeiras uvas tintas na Quinta do Crasto. Setembro continuou seco, permitindo que a vindima decorresse da melhor forma. Terminamos a vindima também muito mais cedo que o habitual, mais precisamente no dia 19 de Setembro. Como balanço geral 2017 foi um ano, de menor produção onde as videiras apresentaram cachos mais pequenos e uvas de menor diâmetro, com uma excelente concentração e uma óptima relação entre a película e a polpa. Um ano desafiante para as equipas de viticultura e enologia, verificando-se fundamental não falhar na data certa de vindima, optimizando ao máximo a qualidade. 2017 ficará certamente registado na história como um ano de vinhos excepcionais.
Castas
Vinhas Velhas - mistura de mais de 50 castas (já identificadas).
Vinificação
As uvas provenientes da vinha Maria Teresa foram transportadas em caixas de 22 kg de capacidade e sujeitas a uma rigorosa triagem em mesa de escolha à entrada da adega. Após um desengace total e pisa em lagar tradicional, o mosto foi transferido para cubas de fermentação em aço inox com temperatura controlada. No final da fermentação alcoólica, procedeu-se a uma prensagem suave.
Envelhecimento
Quinta do Crasto Vinha Maria Teresa 2017 estagiou em barricas de carvalho 100% novas, sendo 90% de carvalho francês e 10 % de carvalho americano, onde permaneceu cerca de 20 meses. O lote final resulta da melhor selecção de barricas.
Nota de Prova
De cor ruby carregado, impressiona no nariz pela sua extraordinária complexidade e frescura aromática, onde se destacam elegantes notas de esteva, frutos silvestres do Douro e especiaria. Na prova de boca inicia de forma compacta, evoluindo para um vinho muito sedutor, onde podemos encontrar taninos de textura suave em perfeita harmonia com notas retro nasais que lembram frescos aromas de bosque. Termina de forma muito envolvente, em perfeito equilíbrio e com excelente persistência. Um vinho singular que expressa toda a identidade da centenária vinha Maria Teresa.
Informação Técnica
Idade das Vinhas
Mais de 100 anos
Temperatura de Consumo
16-18º
Exposição, Solo e Altitude
Nascente, Xistoso
120-190 metros
Sistematização
Vinha tradicional
em socalcos
Álcool
14,5%
Engarrafamento
Dezembro 2019
Dados Analíticos
Acidez Total: 5,4 gr/L
pH: 3,61
Açúcar Residual: 2 gr/L
Enólogo Manuel Lobo